Abrigos para venezuelanos em Teresina tiveram oito casos de tuberculose em quase um ano, diz FMS
12/08/2025
(Foto: Reprodução) Combate à tuberculose: doença afeta principalmente os pulmões e é muito contagiosa
Oito casos de tuberculose foram registrados, entre setembro de 2024 e agosto de 2025, nos abrigos que acolhem imigrantes venezuelanos em Teresina, segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS).
De acordo com a médica infectologista Amparo Salmito, quatro adultos e quatro crianças tiveram a doença nesse período. Atualmente, um paciente recebe tratamento e é acompanhado pelas equipes da FMS.
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A médica afirmou que, no início deste ano, a Fundação fez um relatório e identificou que, desde 2020, 19 casos de tuberculose ocorreram nesses abrigos.
"Quem faz o primeiro atendimento, no dia a dia, são os médicos da Saúde da Família, que solicitam os exames. Fizemos radiografia do tórax e teste de tuberculose em todos os pacientes para estabelecer o diagnóstico e iniciar o tratamento", explicou Amparo.
Em Teresina, os imigrantes venezuelanos são atendidos em quatro abrigos, nos bairros Buenos Aires (Zona Norte), Poti Velho (Zona Norte) e São João (Zona Leste) e na avenida Miguel Rosa (Zona Sul).
No abrigo do Poti Velho, a FMS aplicou, em junho, 141 doses de vacinas, fez atendimentos odontológicos e de enfermagem e organizou um mutirão de limpeza no local.
Chegada dos Warao
Cerca de 50 venezuelanos chegaram a Teresina em março de 2019. Dentre eles, estavam os indígenas da etnia Warao, que, segundo eles, fugiram da crise econômica que atingiu a Venezuela e deixou famílias sem emprego e com fome.
A trajetória deles começou em 2017. Os imigrantes moraram durante quase um ano em Belém, no Pará. Depois, viajaram por semanas por cidades do Maranhão até se estabelecerem no Piauí.
A maioria desses venezuelanos trabalhava com a pesca e agricultura em Tucupita, no estado de Delta Amacuro, na região Leste do país.
Após a chegada dos imigrantes, a Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (Semcaspi) iniciou uma parceria com a Associação Beneficente São Paulo Apóstolo (Abespa) para acolhê-los em abrigos na capital. No entanto, desde novembro de 2022, a secretaria é responsável pelo atendimento direto a eles.
Abrigo de venezuelanos em Teresina
Divulgação/Prefeitura de Teresina
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