Justiça tenta leiloar parte do castelo de José Rico pela terceira vez no interior de SP
13/08/2025
(Foto: Reprodução) Em meio a impasse judicial, 'Castelo' do cantor José Rico acumula sinais de abandono
Parte do castelo do cantor José Rico, em Limeira (SP), foi a leilão por ordem da 2ª Vara do Trabalho de Americana (SP) para quitar dívidas trabalhistas deixadas pelo cantor, que morreu em março de 2015, aos 68 anos, sem ver o castelo concluído.
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A Justiça disponibilizou 21% da área do imóvel. O lance mínimo é de R$ 1,6 milhão, considerado 50% do valor de avaliação da área. Os lances podem ser feitos até 20 de agosto deste ano, quando finaliza o leilão por parte do leiloeiro Gilson Keniti Inumaru.
Dívidas trabalhistas
Mansão ficou 24 anos em construção até a morte do cantor
Arquivo pessoal
A medida foi determinada para pagamento de dívidas trabalhistas. A ação foi movida na Justiça por um músico que trabalhou com a dupla Milionário e José Rico entre 2009 e 2015 e relatou que tinha pendências a receber, como 13º salários, férias, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), descanso semanal remunerado e horas extras.
Crise financeira e ordem para leilão: como castelo do cantor José Rico passou de sonho ao abandono
Terceira tentativa
José Rico morreu sem ver a mansão finalizada
Arquivo pessoal
Essa é a terceira vez que a Justiça tenta vender o imóvel por meio de leilão para quitar dívidas trabalhistas.
Além dos leilões anteriores que terminaram sem interessados, a Justiça tentou vender o castelo de forma direta, em fevereiro de 2024, mas não recebeu propostas. O valor mínimo de toda a área de 48 mil m² estava por R$ 13,6 milhões
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Área de leilão
Um dos portões de entrada da mansão de José Rico, tomado por pichações
Arquivo pessoal
O imóvel, que fica na Estrada Municipal LIM-486, às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), em Limeira, conta com mais de 100 quartos e tem uma área total de 48 mil metros quadrados.
Segundo o edital da Justiça, a parte disponível para leilão fica entre o portão de chapa de aço do barracão, que tem o nº 534 na Estrada Municipal, e vai em direção ao Córrego da Corredeira, na extremidade do terreno.
No edital, a Justiça afirma que o imóvel aparenta “estado de abandono, com mato crescente, janelas quebradas e pichações nos muros”, informa.
Suspensão
José Antonio Franzin, advogado que representa a viúva de José Rico, disse que pretende suspender a prática.
“Nós adotaremos todas as medidas necessárias para sustar a prática, pois a viúva não faz parte das reclamatórias trabalhistas”, afirma o advogado ao g1.
ARQUIVO: conheça o castelo de José Rico
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