Planta fóssil com esporos preservados ganha nova identidade e revela vegetação de mais de 250 milhões de anos

  • 13/08/2025
(Foto: Reprodução)
Reconstrução visual da planta Divulgação/ Salvi et al. (2025) Uma planta fossilizada encontrada há mais de 50 anos no Sul do Brasil ganhou uma nova identidade e, com ela, cientistas resolveram um enigma que durava meio século. O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade do Vale do Taquari – Univates, revelou detalhes sobre o fóssil e criou um novo nome: Franscinella riograndensis. A planta, que viveu há cerca de 260 milhões de anos, no período chamado Permiano, já era conhecida pelos cientistas como Lycopodites riograndensis. Contudo, na época em que foi descrita, os pesquisadores só conseguiam analisar sua forma externa, como os caules e a disposição das partes da planta. Faltavam informações internas, como os esporos, que são estruturas reprodutivas parecidas com os grãos de pólen. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A planta foi encontrada em rochas da Bacia do Paraná, que é uma grande bacia sedimentar que se estende por partes do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, contendo rochas de várias idades geológicas. Com a tecnologia, a equipe decidiu revisitar esse fóssil usando técnicas modernas de microscopia. E foi aí que veio a surpresa: eles conseguiram encontrar esporos preservados dentro da planta, algo extremamente raro em fósseis desse tipo no Brasil. Para conseguir recuperar os esporos diretamente de dentro da planta fossilizada, os pesquisadores contaram com a ajuda do Instituto Tecnológico itt Oceaneon, da Unisinos. Lá, foi aplicado um protocolo específico e desenvolvido para esse tipo de material, que envolve técnicas avançadas de separação e análise microscópica de microfósseis. Dentro da planta Encontrar esporos “in situ” — ou seja, ainda dentro da planta — permite aos cientistas entender melhor como essas plantas se reproduziam e como viviam. Além disso, os esporos encontrados são compatíveis com um tipo já conhecido em outras rochas da mesma época, o que ajuda a conectar diferentes registros fósseis e entender melhor o ambiente passado. Essa descoberta também ajuda a refinar a classificação científica da planta. Como os dados antigos eram limitados, ela havia sido colocada em um grupo genérico. Agora, com as novas informações, os pesquisadores criaram um novo gênero só para ela: Franscinella, em homenagem à paleobotânica brasileira Maria do Carmo F. Bernardes-de-Oliveira. Como foi feito o estudo Pesquisadora Júlia Siqueira Carniere Divulgação/ Univates O trabalho envolveu instituições brasileiras e internacionais. A análise microscópica foi feita com equipamentos de ponta, como microscópios eletrônicos e técnicas especiais de moldagem. A recuperação dos esporos foi realizada pelo Instituto Tecnológico itt Oceaneon, da Unisinos, que é especializado em microfósseis. A pesquisa faz parte da dissertação de mestrado de Júlia Siqueira Carniere, hoje doutoranda na Univates, e foi publicada na revista científica Review of Palaeobotany and Palynology. O estudo também contou com apoio da UFRGS, de pesquisadores da Alemanha e de agências brasileiras de fomento à ciência, como o CNPq e a CAPES. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/08/13/planta-fossil-com-esporos-preservados-ganha-nova-identidade-e-revela-vegetacao-de-mais-de-250-milhoes-de-anos.ghtml


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